Estou modelando está vida plástica.
Definindo caras e bocas plásticas.
Moldando o vidro.
Expondo a água à gota púrpura.
" Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo." Jean-Paul Sartre
sábado, setembro 27, 2008
segunda-feira, setembro 22, 2008
domingo, setembro 21, 2008
sexta-feira, setembro 19, 2008
Semáfaro Fonético
Vejo tudo flutuar em palavras!
Tão leve, híbrido.
Ouvindo palavras precisas, picárdias, gentis.
A lágrima do vinho infante! Maduro. Acompanhado, encorpado.
A última gota de aurora.
Feliz por ser aurora! Feliz por ser a última! Felizes e imponentes.
O mundo, senhor? Não é a bigorna entre suas pernas.
Não é a porcentagem de úteis, pela sua única lágrima. Única.
A tristeza feliz, sustentável. De uma maioria, relativamente, relativa.
Cética de convicções e pudores.
Tão leve, híbrido.
Ouvindo palavras precisas, picárdias, gentis.
A lágrima do vinho infante! Maduro. Acompanhado, encorpado.
A última gota de aurora.
Feliz por ser aurora! Feliz por ser a última! Felizes e imponentes.
O mundo, senhor? Não é a bigorna entre suas pernas.
Não é a porcentagem de úteis, pela sua única lágrima. Única.
A tristeza feliz, sustentável. De uma maioria, relativamente, relativa.
Cética de convicções e pudores.
Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.
Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.
terça-feira, setembro 16, 2008
sexta-feira, setembro 12, 2008
Primeiro: A essência ou A existência
Ali estou! Consumida pelo meu pensamento andarilho e longo, distraído com o mundo, menos pela vontade de ir para casa.
Fui surpreendida pelo o olhar surpreso, achado, de mãos dadas.
- Como vai a srta? Sumiu... - Sorriso caricato [de mãos dadas]. Olhar ainda surpreso.
- Estou bem e bem ocupada, por isso sumida. - Sorriso frio [reciproco]. Olhar observador.
Conversas superficiais. Esperando ir para casa. Mãos dadas. Mãos livres. Mãos acanhadas.
Aqui estamos. sentados em fila indiana.
Suas mãos agora estão livres.
Ele me cutuca.
- Não leia. Você vai dilatar a pupila.
Eu viro e o reconheço!
- Besteira. Que se dilatem por tanta satisfação. Leia isto e me diz se não concordas.
"... O tempo é o nosso melhor alimento; sem medida que o conheça, o tempo é contudo nosso bem de maior grandeza: não tem começo, não tem fim; é um pomo exótico que não pode ser repartido, podendo prover igualmente a todo mundo;..."
- É... tem bom gosto. Da ultima vez que te vi você lia paradidático.
Rimos.
Que saudade eu estava daquele sorriso que entende minha fragilidade me fazendo está forte.
Conversamos da fé de Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni à fé das nossas olheiras nos rostos fadigados, porém felizes, dos ideais políticos que deixei de lado e os quais, hoje ele exerce, porém desacreditado, por tanta hipocrisia moralista que foi lhe apresentado.
Sentados em minha sala, bebendo um copo d' água. Ele lê uma frase de Sartre na capa do livro de Buk.
- Adoro Sartre. " O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós." Essa frase é o que tento ser. Nunca somos nada, Nada é para sempre. Nunca, nada, sempre. Palavras que usamos para definir um ser. Erradamente. Eu nunca farei aquilo, Isso é para sempre. Palavras que oscilam a cada situação. Conclusão: não sou e sim estou...
Ele entendeu essas palavras desabadas por existência confusa como entende o ruído do silêncio.
Apreciamos o silêncio.
Eu o presenteei com um livro, não mais com White Horse.
Ele me abraçou com a sua alma. Acompanhou a curva da rua. E se perdeu dos meus olhos.
Fui surpreendida pelo o olhar surpreso, achado, de mãos dadas.
- Como vai a srta? Sumiu... - Sorriso caricato [de mãos dadas]. Olhar ainda surpreso.
- Estou bem e bem ocupada, por isso sumida. - Sorriso frio [reciproco]. Olhar observador.
Conversas superficiais. Esperando ir para casa. Mãos dadas. Mãos livres. Mãos acanhadas.
Aqui estamos. sentados em fila indiana.
Suas mãos agora estão livres.
Ele me cutuca.
- Não leia. Você vai dilatar a pupila.
Eu viro e o reconheço!
- Besteira. Que se dilatem por tanta satisfação. Leia isto e me diz se não concordas.
"... O tempo é o nosso melhor alimento; sem medida que o conheça, o tempo é contudo nosso bem de maior grandeza: não tem começo, não tem fim; é um pomo exótico que não pode ser repartido, podendo prover igualmente a todo mundo;..."
- É... tem bom gosto. Da ultima vez que te vi você lia paradidático.
Rimos.
Que saudade eu estava daquele sorriso que entende minha fragilidade me fazendo está forte.
Conversamos da fé de Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni à fé das nossas olheiras nos rostos fadigados, porém felizes, dos ideais políticos que deixei de lado e os quais, hoje ele exerce, porém desacreditado, por tanta hipocrisia moralista que foi lhe apresentado.
Sentados em minha sala, bebendo um copo d' água. Ele lê uma frase de Sartre na capa do livro de Buk.
- Adoro Sartre. " O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós." Essa frase é o que tento ser. Nunca somos nada, Nada é para sempre. Nunca, nada, sempre. Palavras que usamos para definir um ser. Erradamente. Eu nunca farei aquilo, Isso é para sempre. Palavras que oscilam a cada situação. Conclusão: não sou e sim estou...
Ele entendeu essas palavras desabadas por existência confusa como entende o ruído do silêncio.
Apreciamos o silêncio.
Eu o presenteei com um livro, não mais com White Horse.
Ele me abraçou com a sua alma. Acompanhou a curva da rua. E se perdeu dos meus olhos.
sexta-feira, setembro 05, 2008
Lascívia em linha reta
o desespero da carne é ainda maior depois do fim
te despedaça em palavra, em cor, em textura
deixa tua cabeça em brasa e tua voz em fogo
faz esquecer dos quartos de horas, dos dias solares
e é possível que esqueças quem és tu de verdade
o que fazes por aqui e o que queres daquele que foge?
já sabes que o toque e o perfume te deixaram cego
o delírio e o pecado tiraram tua paz e tua sorte
agora o dia vai lentamente perdendo o tom
até que chegue aquele momento, tão doce, sagrado
que te deixa nervoso, irado, doente, e ávido por pele
num dia que está próximo, perderás o resto de tua alma
perderás os sentidos e o ar, perderás tua própria imagem
e nesse ruidoso momento de passagem
saberás porque não te quiseram
e a resposta vai te marcar, te deixar louco e perdido
o último tiro não será televisionado, ninguém lembrará
curto, seco, e doce
como sempre procuraste.
F. Silva
quinta-feira, setembro 04, 2008
Semáfaro Fonético
Andei descalça pelas alamedas pretas de luzes alaranjadas, focando as folhas úmidas. Senti o chão nunca sentido, sem pés presos nas amarras de pano. Caminhei sem pressa no chão liso mármore, rua larga, árvores bem plantadas, todavia, não senti a liberdade imaginada no chão de brita branca, das luzes cristais. Um flash de infância da velha máquina fotográfica. Meus pés feridos sentiram mais dor no chão de lindas pedras, pois que tinham de lindas tinham de ásperas e frias. Senti medo no chão asfaltado pelo susto das sombras e segura no chão de terra vagabunda, suja pela erva daninha, que alivia sua febre nas chuvas sem estação. Meus pés mais feridos, agora descansam, no chão branco liso. Meus pés feridos estão! Do chão, ruas e andares.
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