quinta-feira, setembro 04, 2008

Semáfaro Fonético

Andei descalça pelas alamedas pretas de luzes alaranjadas, focando as folhas úmidas. Senti o chão nunca sentido, sem pés presos nas amarras de pano. Caminhei sem pressa no chão liso mármore, rua larga, árvores bem plantadas, todavia, não senti a liberdade imaginada no chão de brita branca, das luzes cristais. Um flash de infância da velha máquina fotográfica. Meus pés feridos sentiram mais dor no chão de lindas pedras, pois que tinham de lindas tinham de ásperas e frias. Senti medo no chão asfaltado pelo susto das sombras e segura no chão de terra vagabunda, suja pela erva daninha, que alivia sua febre nas chuvas sem estação. Meus pés mais feridos, agora descansam, no chão branco liso. Meus pés feridos estão! Do chão, ruas e andares.

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