Hoje, quebro essa mesa

Ok! Assumo que dei desculpas caprichosas, clichês infantis,
mas entenda, só quis me livrar sem ferir. Não quero ter o peso de outro corpo
encima do meu, nem a responsabilidade dos dramas alheios, das emoções
exageradas.

Também não quero continuar por insistência, ou pelo pesar da
consciência. Os meus segredos foram revelados por todos, sem eu precisar dizer
uma só palavra. Você sabe, eu sei e ponto, não faça disso uma arma contra minhas
grades.

Não me julgue pelos burburinhos infames, os olhos dos outros
não me perturbam, entretanto, o que adianta lhe dizer tudo isso? Minha
ingenuidade não é cabível entre nós.

As brigas infundadas, repetidas, [in]lógicas. As bebedeiras
dos delírios, das reais sensações ofuscadas. Pra que falar? Ouvir? O que é isso?
Cala-se e Cale, suas palavras são irredutíveis e as minhas são pura ironia.

Calados por um beijo, sem final feliz...

Só um beijo.

A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos?

Delírio

Não vou buscar
A esperança
Na linha do horizonte
Nem saciar
A sede do futuro
Da fonte do passado
Nada espero
E tudo quero
Sou quem toca
Sou quem dança
Quem na orquestra
Desafina

Quem delira
Sem ter febre

Só o par
E o parceiro
Das verdades
À desconfiança

Secos & Molhados

Retruca...

" ... Abraços resolvem as coisas só temporariamente, depois não são mais lembrados. Abraços são impotentes."

Quando, por favor?

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Cecília Meireles

Respondeu.

T.:
-Por quê estou tão pertubada com algo que não me atingiu?


F.:
-Porque é foda vê a "desconstrução" de uma identidade admirável.

"Não se pode escrever nada com indiferença."

S. Beauvoir

400 anos...

" Imaginei quando eramos crianças... Brincando de pega-pega no quintal de casa, as brigas ingênuas... Lembrar daquele cabelo loirinho agarrado na minha mão pequenina... Nos vejo agora, descendo-nos o morro... das ruas estreitas, andando para casa... sorrisos largos , falando dos trinta... -As nossas aparências do equílibrio do tempo!... Ele de terno e eu, de óculos. De casa ou casos, encaixando as peças do baralho. - Street Flash!... Morais mais rígidas ou não, atos mais maleáveis ou não, se perguntando por mais dez Tempos... "

O futuro tão incerto, foi invasivo com meus pesamentos...

- Será, que estou devendo algumas horas ao crono?

]

Aguardando punição...

Coisa...

As coisas têm peso,

massa, volume, tamanho,

tempo, forma, cor, posição,

textura, du-ração, densidade,

cheiro, valor, consistência,

pro-fundi-dade, contorno,

temperatura, função, aparência,

preço, des-tino, idade, sentido.

As coisas não têm paz.

Arnaldo Antunes e Gilberto Gil

Atribuídas

"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida.

Exceto tu, só tu.

Existem, por certo, atalhos sem número, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio, mas isso te custaria a tua própria pessoa: tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar.

Aonde leva? Não perguntes, siga-o!"

F. Nietzsche

Cem

Surge tantas expectativas com um novo ano. o cronomêtro zera, e tudo recomeça mesmo que esteja no fim.

Esse ano quero protestos e brigas sem mal resolvidos.

Quero um dia de 48 horas pra não fazer, exatamente, nada.

Vou beijar o céu da boca e causar arrepios.

Vou provocar meu cárater atrevido, causar rebeliões sentimentais, fechar cicatrizes e sentir medo de voltar atrás.

Vou utilizar meus punhos e pés, pra não deixar

responsabilidade para a cabeça.

Vou usar menos drogas, beber mais água e centralizar o espírito.

Vou escrever mais asneiras e me manter viva até próximo ano, pra ler tudo isso, ri da minha cara e escrever tudo novamente.

JC

Tipo de pessoa *:

Física (Masculina) Física (Feminino) Jurídica Física(Indeterminado)


* Alguém pedindo para amar

* Susto

* Lombra.

Tesouro

Não há ancião que esqueça onde escondeu seu tesouro.