" Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo." Jean-Paul Sartre
terça-feira, outubro 28, 2008
Álvaro de Campos
Allen Ginsberg
“América eu te dei tudo e agora não sou nada/ América dois dólares vinte e sete centavos 17 de janeiro de 1956/ América não aguënto mais minha própria mente/ América quando acabaremos com a guerra humana? Vá se foder com sua bomba atômica/ Não estou legal não me encha o saco/ Não escreverei meu poema enquanto não me sentir legal/ América quando é que você será angelical?/ Quando você tirará sua roupa?/ Quando você se olhará através do túmulo? Quando você merecerá seu milhão de trotskistas? América por que suas bibliotecas estão cheias de lágrimas: América quando você mandará seus ovos para a Índia/ Eu estou cheio de suas exigências malucas”.
segunda-feira, outubro 27, 2008
Caleidoscópio
Hoje é o meu dia! Com data, dia e hora, sem senso real ou bem comum. O surreal é vê o que acredita. Fazer de segredo, sagrado como sonho bom. Que não se conta, esperando acordar.
sexta-feira, outubro 24, 2008
domingo, outubro 19, 2008
Semáfaro Fonético
O tiro raspou minha cabeça sem deixar marcas! Gostei de ter visto a velocidade que foi...
Talvez seja a única lembrança que resta.
Que loucura falar que nada se encaixa?
Não ter certeza das vozes de amanhã.
Vivendo de pedrinha em pedrinha.
Pulando os caminhos de drummond com sapatinhos de boneca.
A vida não vale nada, se você não tem uma boa história pra contar.
quinta-feira, outubro 16, 2008
Balão mágico
Ir para o trabalho e brincar com fliperama, pebolim, PS2 até meus dedos doerem. Minha criança ficou feliz, e fez bico quando acabou.
Minha criança queria continuar.... Brincar na grama, desenhar nas nuvens, falar porquês, distribuir abraços e beijos ingênuos, sorrir à toa. Os adultos não permitiram.
Tornei-me mímico. Os adultos só sabem imaginar!
Por tanto, cresci
quarta-feira, outubro 15, 2008
quinta-feira, outubro 09, 2008
Falando de amor
Esse amor essa alegria
Eu te juro te daria
Se pudesse esse amor todo dia.
Se soubesses
Como eu gosto
Do teu cheiro teu jeito de flor
Não negavas um beijinho
A quem anda perdido de amor.
Chora flauta
Chora pinho
Chora eu o teu cantor
Chora manso bem baixinho
Nesse choro falando de amor.
Quando passas
Tão bonita
Nessa rua banhada de sol
Minha alma segue aflita
E eu me esqueço até do futebol.
Vem depressa, vem sem medo
Foi pra ti meu coração
Que eu guardei esse segredo
Escondido num choro-canção
Lá no fundo do meu coração.
R. Braga
quarta-feira, outubro 08, 2008
Semáfaro Fonético
terça-feira, outubro 07, 2008
Nuvens brancas
Gostava de olhar para minha sombra, passando a mão nas cercas de metal branco, caminhando sem olhar pra frente. Só, acompanhando meus passos, sombras.
Gostava de vê aquele sobrado de cor azul do último degrau do jardim, o céu azul de domingo fazia sombra, no sobrado de cerca branca.
Sentimento ingênuo de criança! Brincando no viveiro de passarinhos.
Eu brincava de me esconder com o silêncio dos quartos. Nos pensamentos de descoberta a "caça ao tesouro". Fazia zigue-zague entre a mesa da cozinha e a escada circular, de piso vermelho de bolinhas brancas.
Eu lembro de deitar na escada para contar as bolinhas brancas. Não lembro de ter chegado a um resultado.
A escada levava a biblioteca. A biblioteca das cadeiras de balançar em madeira, estantes em madeira, cheias de livros velhos com páginas amarelas, da mesinha em madeira com a cadeira de palha, da maquina de escrever cinza. Da vitrola tocando Edith bem baixinho.
E de Seu Manoel.
Ele sempre estava naquela mesma cadeira de balançar todos os domingos. Talvez todos os dia.
Ele trocava o disco e voltava para cadeira. Falando baixo, quase consigo.
E eu ficava sentada, na outra cadeira de balanço. Olhando ele trocar os discos, voltar para cadeira e esperar pelo que não volta.
Dava para ouvir o badalar das horas...
domingo, outubro 05, 2008
Control
Sentimento cuspido, pisado pela cinza imunda.
Transparente, intenso, distinto, silencioso.
Isso não se fala, Ian Curtis!
Epilepsia fingida? Suicida sem causa!
Cala essa boca, Ian Curtis!
E vê se dorme, pois hoje, já é amanhã.